Ao ler uma reportagem que saiu na revista “Isto É” em 23/07/2008 sobre o que os jovens pensavam a respeito de vários temas, dentre eles religião, profissão, política, sexo e família, comecei a pensar a respeito.
Cheio de otimismo em relação ao futuro, segundo a pesquisa da UNESCO, o jovem gosta da família, segue sua fé sem se importar muito com religião. Está mais consciente sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e odeia política partidária.
Com uma confiança, até excessiva em alguns casos, o jovem não tem muito preparo para enfrentar o que vem pela frente. Muitos dos rituais de passagem para a vida adulta, hoje não dizem nada, como é o caso do vestibular, da carteira de motorista e a iniciação profissional. Na maioria das vezes, continuam inseguros.
Nas diversas classes sociais, os jovens possuem valores parecidos e oportunidades desiguais. Uma parte dos jovens sabe que o estudo é imprescindível para deslanchar na vida adulta, porém não vale nada um diploma sem uma boa rede de relacionamentos para conseguir um bom emprego. É, nessa parte, que o jovem de classe média/média e classe média/alta leva vantagem sobre o jovem da periferia, pois o ambiente facilita contatos e relacionamentos que mais tarde transformam-se em indicações e cargos de confiança nas empresas.
Para piorar a situação do jovem, na periferia, muitos não dão valor à educação, enquanto, aqueles que querem aprender, recebem do poder público um ensino muito abaixo do exigido pelo mercado qualificado de trabalho, restando, na maioria das vezes, os sub-empregos que pagam salários baixíssimos.
O jovem que é esperto deveria se dedicar ao estudo e perguntar aos adultos como ganhar dinheiro com uma boa profissão ou com um bom negócio. Já os desinteressados, restam rezar para o senhor do Bonfim como diz a música “Madalena” de Gilberto Gil.
Hudson A.Valinhos
“Fui passear na roça
Encontrei Madalena
Sentada numa pedra
Comendo farinha seca
Olhando a produção agrícola
E a pecuária
Madalena chorava
Sua mãe consolava
Sua mãe consolava
Dizendo assim
Pobre não tem valor
Pobre é sofredor
E quem ajuda é o
Senhor do Bonfim”
(Gilberto Gil)
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